UMANITÀ
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Declaração Universal de Direitos Humanos
Artigo 18: "“Artigo 18° Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.”
A liberdade de pensamento tem sido usada para justificar as mais variadas opiniões e discursos, inclusive aqueles que propagam o ódio e a discriminação. Ainda que deva ser assegurado a todo ser humano a capacidade de ter perspectivas próprias e divulgá-las, isso não pode ser pretexto para a disseminação de pensamentos ofensivos e enraizados na violência. Liberdade não equivale ao direito de infligir dor e ódio aos que nos rodeiam.
Tão importante quanto a liberdade de pensamento é a de consciência. Ela remete ao respeito da privacidade do indivíduo. É apenas por meio do respeito e valorização desse espaço privado da pessoa humana que lhe concedemos a capacidade de desenvolver sua identidade de forma autônoma, em separado das pressões da maioria e da moral geral. Assim sendo, real liberdade de consciência se concretiza somente quando a privacidade de cada pessoa é devidamente valorizada e respeitada.
Liberdade de religião se intersecciona com as duas já citadas, ao ser uma forma de pensamento e uma parte constituinte da identidade de vários indivíduos. Uma vez mais, contudo, essa forma de liberdade não pode ser confundida com tolerância a comentários e opiniões discriminatórios e violentos. O discurso, mesmo que religioso, também não pode promover o ódio.
Liberdade de pensamento, consciência e religião se conectam diretamente com o nosso direito de sermos nós mesmos, de sermos plurais. Liga-se ao respeito que deve ser dado a cada uma de nossas identidades e perspectivas. Direito de pensar, de termos nossa própria consciência e de exercemos nossa religião são direitos de sermos nós mesmos!