UMANITÀ
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Declaração Universal de Direitos Humanos
Artigo 15º: "1.Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade."
O que significa “ter uma nacionalidade"? Aquilo que para muitos de nós é um dos primeiros aprendizados de identidade de um grupo, para outros tantos nada mais é do que uma identidade baseada numa ideologia. É também aquilo que nos torna pertencentes a uma nação, mas é difícil entendê-la sem fatores culturais, sociais e históricos que formam esses diferentes grupos. São essas características que trazem as diferentes nações - e não necessariamente países - ao mesmo espaço de convivência.
Em um dos diversos momentos da história das sociedades, surgiu um fruto do choque de nacionalidades: o nacionalismo que prega hierarquias e submissões entre as nações.Combustível dos estágios finais da formação dos Estados europeus no século XIX, esse mesmo acabou trazendo um resultado conhecido: uma grande guerra que extinguiu impérios, varreu países, desmembrou nações e arrasou uma geração inteira, além de criar a pólvora para o conflito seguinte, duas décadas mais tarde.
A Primeira Guerra Mundial é esse choque; não coincidentemente, sua carnificina e matança carregam grandes crimes contra a humanidade e foram a semente de projetos para encerrar conflitos do tipo, ainda que tenham sido falhas. O filme “All Quiet in the Western Front", de 1930, apresenta, entre outras coisas, a síntese do nacionalismo nesse conflito, e como os indivíduos podem carregar consigo os louros e os traumas de pertencer a uma nação.